Sintoma, para que te quero?
O Sintoma, de Freud a Lacan
Pousada do Quilombo – São Bento do Sapucaí – 9 a 11 de dezembro
Ponto de referência na clínica psicanalítica, o sintoma é a pedra no caminho. Expressão humana paradoxal, o sintoma causa sofrimento e satisfação. É uma resposta singular de como a pessoa lida com seu corpo, afeto e sexualidade. Por vezes, limite e barreira à criatividade, na análise é a base de lançamento para novas formas de invenção.
Sigmund Freud desvela o sintoma como uma das formações do inconsciente, uma expressão disfarçada do desejo. Sob ação do recalque, a partir da chave edípica, o sintoma é para Freud uma aliança de compromisso entre pulsão e defesa. Por meio da interpretação e do ganho de sentido, podia ser decifrado.
Jacques Lacan, no seu primeiro ensino, propõe um retorno a Freud expresso no paradigma “O inconsciente é estruturado como uma linguagem”. Posteriormente, no segundo momento do seu ensino, sob a égide do inconsciente real, cria um novo entendimento e uma nova intervenção sobre o sintoma, cuja grafia passa a ser “sinthoma”. Este não é mais expressão de conflito, mas diz da identidade única da pessoa, aspecto do qual não consegue se desvencilhar, osso duro a suportar que pede uma solução singular para a angústia do ser.
No século XXI, os sintomas não são os mesmos da época de Freud. Os Novos Sintomas são novas expressões do sofrimento subjetivo e trazem como marca a impossibilidade de explicação. Têm como característica o curto-circuito da palavra, resistem à associação livre e à interpretação. Marcam a passagem do “Freud explica” para o “Freud implica”. A responsabilidade passa a ser o novo orientador clínico, convite para que a pessoa em análise, diante deste ponto estranho, que “sou eu”, invente uma solução e uma forma de se articular no mundo.
A Conversação Clínica do IPLA 2016, sob coordenação de Jorge Forbes, tem como tema os sintomas atuais e suas manifestações na clínica, como também nos campos da arte, da genética e da medicina. Participarão como convidados a Professora Mayana Zatz, da Universidade de São Paulo e o Professor Juan Jorge Michel Fariña, da Universidad de Buenos Aires.
PROGRAMAÇÃO
9/12 – 6ª feira
16h00 – Sessão de cinema “Corra, Lola, corra”
17h30 – Café de boas vindas
18h00 – Conferência de abertura – Corre, Antígona, corre: ética y sinthome – por Juan Jorge Michel Fariña
19h30 – Debate com Jorge Forbes
21h00 – Jantar festivo no hotel
10/12 – Sábado
9h30 – 11h00 – Cafética com Mayana Zatz – café da manhã no deck do restaurante do hotel
11h30 – Foto oficial Conversação 2016
12h00 – 15h30 – Almoço no hotel com degustação: piscina, ofurô, cavalgada, passeio de bicicleta ou visita à Pedra do Baú
16h00 – 18h00 – O sintoma na medicina
- O sintoma na psiquiatria forense – por Ariel Bogochvol – Comentador: Leila Lagonegro
- O sintoma na CTI – por Edwin Koterba – Comentador: Alain Mouzat
- O sintoma na psiquiatria – por Elisa Padovan – Comentador: Elza Macedo
- O sintoma na neurologia – por Italo Venturelli – Comentador: Dorothée Rudiger
18h00 – 18h30 – Coffee break
18h30 -19h15 – O sintoma na psicanálise – Vídeo Caso Genoma – por Teresa Genesini
Comentador: Liége Lise
20h30 – Jantar com música no HUB – em São Bento do Sapucaí
6/12 – Domingo
9h30 – 11h30 – Trabalhos alunos do IPLA
- 1. O triunfo sobre uma ilusão – Curso Intermediário – Comentador: Clóvis Pinto de Castro
- 2. O poli verso feminino – Curso Fundamental 1 – Comentador: Dagmar Pinto de Castro
- 3. Sim… toma! A marvada droga – Curso Fundamental 2 – Comentador: Helainy Andrade
11h30 – 12h00 – Late breaking news e papo final.
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