Psicanálise e Religião
A Psicanálise se ocupa do tema da Religião em todo o seu percurso e nos nossos dias tem motivo de sobra para isso. Vivemos um paradoxo, pois à medida em que a sociedade torna-se mais permissiva, mais aberta às diferenças, ocorre uma eclosão de religiões e seitas. Fará parte, este fenômeno, da abertura do mundo pós-moderno? Ou será um retrocesso, um reacionarismo? A ver.
Freud afirmou em carta, ao pastor e psicanalista Oskar Pfister, que escreveu O futuro de uma ilusão para proteger a psicanálise dos padres. Ele também relacionou a religião à neurose obsessiva.
Filósofos colocam a ética religiosa como o período de mais longa duração no confronto dos homens com a angústia da morte.
Jacques Lacan considerou que a religião visa dar um sentido às coisas. A ela, ele contrapôs o real como o que não tem sentido. Proferiu: “Se a religião triunfa, é o sinal de que a psicanálise fracassou.” E acrescentou: “O triunfo da religião é o mais provável.”
A atualidade deste tema, dada a expansão maníaca de neorreligiões, nos leva a discuti-lo neste Sábado no IPLA “Psicanálise e Religião”.
Programa
9h – 9h30 Café com bolo IPLA
9h30 – 10h30 Aula 1 – Religiões no Século XXI – Clóvis Pinto de Castro
O pecado original e o recalque originário. A culpa. O sagrado. A religião está sempre a secretar sentido. A expansão das neorreligiões.
10h30 – 11h30 Aula 2 – Vida e Morte: na Religião e na Psicanálise – Alain Mouzat
Angústia. O sentido. Pulsão de vida e Pulsão de morte. Sacrifício de gozo exigido pela civilização. O desejo. O amor. Discurso do Analista. O real como impossível. Consequências éticas.
11h30 – 12h00 Café com bolo IPLA
12h00 – 13h00 Aula 3 – O triunfo da Religião? – Ariel Bogochvol
Fiat lux e Fiat trou (furo). O pai imaginário. O pai simbólico. O pai real. Os nomes do pai. O real é o que não anda. Yavé. “O judeu é aquele que sabe ler”. Objeto a. Che voi? O que queres? A era da ciência.
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