Este
Sábado no IPLA, 28 de setembro, será dedicado ao tema das psicoses e das chaves
de leitura para o Seminário 3 As
Psicoses, de Jacques Lacan. O programa será desenvolvido em cinco aulas
ministradas por docentes do IPLA e convidados.
As psicoses, um tema pertencente especialmente à psiquiatria, têm seu lugar na psicanálise desde Freud, que revolucionou o estudo delas com um caso – o relato de Schreber. Freud, porém, considerou que a psicanálise teria instrumentos limitados para lidar com psicóticos. Lacan prosseguiu e avançou. No Seminário 3 retoma o estudo do caso Schreber e estabelece as bases para um tratamento possível das psicoses, ao mesmo tempo que faz da psicose um novo paradigma para a psicanálise.
Se, em Freud, o paradigma da psicanálise é a neurose, em Lacan é a psicose.
Algumas das temáticas a serem abordadas:
- A psicose e o empuxe à mulher.
- O que distingue uma psicose de uma neurose?
- As psicoses na psiquiatria e na psicanálise.
- Apresentação de pacientes.
- A clínica diferencial das psicoses.
- O significante como estruturante do inconsciente.
- Fenômenos elementares.
- Não se torna louco quem quer.
- Psicoses ordinárias.
- O tratamento psicanalítico das psicoses hoje.
Os temas serão permeados por exemplos clínicos.
Data: 28 de
setembro de 2013
Local: IPLA, Rua
Augusta, 2366 – Casa 2, São Paulo
Telefones: (11)
3061-0947 e (11) 3081-6346
O valor é de R$ 150,00. Alunos do IPLA e estudantes até 25
anos têm desconto de 20%.
Vagas limitadas. É necessário que haja um número mínimo de inscrições
para a realização do evento.
Programa
9h00 – 9h30: Café com bolo IPLA
9h30 – 10h30: Aula inaugural – A psicose e o empuxe à mulher – Dorothee Rüdiger
Caso Schreber. Um doente dos
nervos. Um homem que nos comunica todo seu sistema delirante. “Como seria belo
ser uma mulher sendo copulada”. O Deus de Schreber. O real toma um lugar cada
vez mais importante no ensino de Lacan. Neologismo. Loucura do amor.
10h30 – 11h30: Aula 2 – O
que distingue uma psicose de uma neurose? – Ariel Bogochvol
Não dizemos que a psicose tem a mesma etiologia que a
neurose, não dizemos nem mesmo que ela é como a neurose um puro e simples fato
de linguagem, longe disso. O sintoma neurótico desempenha o papel da língua que
permite exprimir o recalque. Outro que fala em mim. Não se torna louco quem
quer. A fragmentação da identidade.
11h30 – 12h00: Café com bolo IPLA
12h00 – 13h00: Aula 3 – Clínica
diferencial das psicoses – Ariel Bogochvol
O que é o fenômeno psicótico?
Automatismo mental. O simbólico, o imaginário e o real. Verwerfung ou foraclusão. Não à castração. Divisor de águas entre
esquizofrenias e paranoias. Fenômenos elementares. Delírio de interpretação.
Delírio de reivindicação. Delírio de ciúme. Conhecimento paranoico. As psicoses
ordinárias e as desencadeadas.
13h00 – 15h00: Horário de Almoço
15h00 – 16h00: Aula 4 –
O que se chama o pai – Alain
Mouzat
A questão histérica. O que é
uma mulher? O pai, ponto de basta. “Ser pai”. O que é recusado na ordem
simbólica reaparece no real. Na fala, o sujeito recebe sua mensagem sob uma
forma invertida. O fenômeno persecutório. Na fala delirante, o Outro está
verdadeiramente excluído.
16h00 – 17h00: Aula de encerramento – O tratamento psicanalítico das psicoses hoje – Liége Lise
A experiência freudiana é
estruturada por algo artificial que é a relação analítica. As insuficiências
clínicas. O secretário do alienado. A apresentação de pacientes. O inconsciente
está aí, presente na psicose. O inconsciente a céu aberto. Testemunho aberto. A
transferência. A clínica do real.