Por Claudia Riolfi
O livro PSICANÁLISE – a clínica do Real chegou às livrarias na noite de 25 de março
Compartilhando da ousadia responsável dos psicanalistas que pertencem à rede dos Institutos do Campo Freudiano no Brasil (prioritariamente ao IPLA – Instituto da Psicanálise Lacaniana), jornalistas, filósofos, linguistas, advogados, arquitetos, empresários, médicos, educadores, estudantes e colegas psicanalistas lotaram a Arena Cultural, no Piso 3 da Livraria Cultura do Shopping Iguatemi de São Paulo, na noite de 25 de março, para o lançamento do livro Psicanálise: a clínica do Real, publicado pela Editora Manole.
Na Arena, puderam presenciar o editor Jorge Forbes, a organizadora Claudia Riolfi e os demais autores (Alain Mouzat, Angelina Harari, Ariel Bogochvol, Dorothee Rüdiger, Durval Mazzei, Elza Macedo, Liége Selma Lise, Luiz Fernando Carrijo da Cunha, Maria do Carmo Dias Batista, Rômulo Ferreira da Silva, Sandra Arruda Grostein e Teresa Genesini) virem a público dizer como pensam e praticam a psicanálise no século XXI.
Sob a batuta de Jorge Forbes, cada qual foi convidado a salientar os motivos que o levou a escrever os capítulos de sua autoria do modo como escolheu fazê-lo. Desse modo, o público que acompanhou as catorze respostas foi brindado com uma síntese que revela a essência da psicanálise atual.
Dentre outros aspectos, aprendeu que os autores tendem a julgar se uma pessoa entrou em análise ou não a partir da alteração da relação do sujeito com o seu modo preferencial de obter sua satisfação acéfala. Escutou que o analista atual dirige o tratamento de modo a levar a pessoa a descobrir que a vida é sempre um contrato de risco. Ouviu que mais importante do que as dificuldades é a construção do ir além. Pôde, ainda, pensar a respeito das finalidades de uma análise. Em poucas palavras: o público foi informado que o livro que estava sendo lançado havia sido organizado em quatro tempos: a entrada em análise, a condução do tratamento, as dificuldades de percurso e os finais da análise.
No coquetel que se seguiu ao debate, o papo rendeu. Parece que estava todo mundo contaminado com o espírito de quem se dispôs a redigir a obra: encarnar a criança curiosa e colocar a si mesmo (e aos outros) as perguntas impertinentes que sempre quis saber e nunca teve coragem de perguntar. Que a psicanálise ganhe em frescor com as respostas registradas nas 564 páginas de um volume que, acompanhado de videoaulas, pergunta, responde, instiga, abre para novas perguntas e convida a novas indagações.
Claudia Riolfi é Professora Livre-docente da Universidade de São Paulo. Cursou pós-doutorado em Linguística na Université Paris 8 Vincennes-Saint-Denis. Psicanalista, é Diretora Geral do IPLA.