Por Dorothee Rüdiger
Curso on-line do IPLA em parceria com Manole Educação
Desde que existe a psicanálise, a questão sobre o que é um psicanalista se confunde com sua arte. O que faz um analista está intimamente ligado com sua formação, sua postura, sua práxis clínica. É ao psicanalista e sua principal ferramenta, o ato analítico, que se dedica o curso do Instituto da Psicanálise Lacaniana em parceria com a Manole Educação. Tendo sua base no livro Da palavra ao gesto do analista, de Jorge Forbes, o curso on-line do Instituto da Psicanálise Lacaniana do ano de 2015 O que faz um psicanalista trata do papel que lhe cabe na clínica lacaniana. Pois o psicanalista é um dos personagens do cenário de uma análise. Na psicanálise lacaniana, clínica e arte encontram-se em busca do inominável da civilização: ator e psicanalista procuram a palavra que comove, ao poeta e ao analisando é dado sair do senso comum e saborear as palavras. “Imagine você entrar no âmago do debate que faz conversarem entre si os esperados Freud e Lacan, mas também Diderot, Klein, Picasso, Gracián, Churchill, Sérgio Buarque, Ferenczi, Volpi, Drummond, Artaud, Dalí, Tom e outros mais,” escreve Jorge Forbes para apresentar a segunda edição de seu livro. Em outras palavras, o que promete dar o tom em 2015 é a arte clínica do analista.
O curso terá seu início no dia 2 de março com a aula inaugural de Jorge Forbes sobre o tema Da palavra ao gesto: a psicanálise em busca do inominável da civilização. Em seu primeiro módulo O sabor da palavra – o analista lacaniano como intérprete trata da interpretação na clínica psicanalítica lacaniana a partir da palavra que significa para chegar à palavra que comove no ato do analista. Cerne do segundo módulo do curso, dado a partir de 4 de maio, é o ato analítico. Dedicado ao tema O analista e o ator – o ato analítico, apresenta a técnica clínica buscando exemplos na literatura e na abordagem de um caso clínico emblemático. Foco do terceiro módulo do curso, com o tema Do incompleto à criação – repetição e invenção na psicanálise e início no dia 3 de agosto, é a incompletude do ofício do analista, capaz de levar o paciente de uma análise da mesmice da repetição a um final criativo de novas saídas para a vida. Finalmente, O analista, como o santo, não faz caridade – da agressividade ao reencontro com a palavra será tratado no quarto e último módulo que aborda o final da análise como reencontro com a palavra pela reinvenção da vida.
Todos são bem-vindos para um ano de estudos empolgantes!
Dorothee Rüdiger é psicanalista e doutora em Direito pela Universidade de São Paulo
Veja o vídeo de Jorge Forbes sobre o curso on-line 2015: http://youtu.be/5HDV93qiits