“Depois de Édipo, as mulheres se conjugam ao futuro” 11/07/2013

Por Jorge Forbes

Notas de Jorge Forbes sobre o 2º Congresso Europeu de Psicanálise, em Bruxelas

Cerca de 1.300 pessoas de diversas partes do mundo participaram do 2º Congresso Europeu de Psicanálise, em Bruxelas. Com o tema “Depois do Édipo, as mulheres se conjugam Ao Futuro”, o evento se realizou entre os dias 6 e 7 de julho.

No primeiro dia, as discussões em mesas simultâneas: uma defende a “renarcisação”, numa paranoia; outra cuida da “realização”, em um caso de esquizofrenia. Debate duro. Nota-se uma pesquisa intensa para discernir pontos de ancoragem do Real. Sinto falta, em mesa de psicanálise e o jurídico, que se abordem os novos conceitos de responsabilidade.

Sobre o debate com Mitra Kadivar, em plenária – sua experiência difícil de levar a psicanálise ao Irã. Destaco, no depoimento iraniano de Mitra, a diferença da transmissão da psicanálise desde o desejo e desde o gozo. Pergunto a Mitra se sua internação forçada teve um efeito de transmissão. Ela diz que sim, apesar do sofrimento.

J-A Miller critica a análise da contratransferência em trabalhos apresentados. Eric Laurent parte do argumento que a experiência de uma análise é singular, em contraste com os tipos clínicos plurais. “A psiquiatria está se diluindo nas neurociências”, comenta Miquel Bassols. Quem se queixa não é a pessoa, mas o marcador biológico. Alexandre Stevens discute como fazer uma instituição de saúde fora da verticalidade paterna. Nenhuma criança quer ter, como pais, protocolos científicos, diz Mirerille Battut, sobre os autistas.

Miller mostra passagens do Seminário 6, no qual Lacan já buscava um caminho clínico além do Édipo.

Depois do cinza de Bruxelas, um pouco do azul do mediterrâneo em conversas com Luc Ferry. Tema: Brasil.

Seriam as redes sociais um exemplo do novo amor?

Notas postadas por Jorge Forbes no Twitter @jorgeforbes, durante o 2º Congresso Europeu de Psicanálise, realizado em Bruxelas, de 6 a 7 de julho de 2013.